sexta-feira, 30 de julho de 2010

Os primeiro trabalhos de DE CHIRICO em Salvador, Bahia



Os primeiros trabalhos de De Chirico em Salvador



Os primeiro trabalhos realizados em Salvador pelo escultor italiano PASQUALE DE CHIRICO foram executados na antiga Escola de Medicina da Bahia , que havia sofrido um incêndio e precisava ser recuperada.

DE CHIRICO , veio da Itália diretamente para São Paulo onde ficou por cerca de dez anos e onde conheceu o engenheiro baiano Theodorico Sampaio que o convidou para realizar os trabalhos da escola. Em São Paulo, ele havia criado uma pequena fundição. Nas vidas de certos profissionais de antigamente, os registros não eram importantes . Calcula-se que Pasquale tenha chegado em Salvador por volta de 1903 onde viveu 40 anos, pois faleceu exatamente em 1943 com quase 70 anos.
Aqui , além de ajudar a fundar a Escola de Belas Artes com outras figuras da época , foi ficando , ganhando concorrências e ornando a cidade com os seus belos trabalhos.

Todas as figuras que estão no entorno da antiga Escola de Medicina da Bahia, são de autoria de De Chirico.

Inicialmente, segundo consta, as figuras deveria ter sido feitas em bronze mas, doença crônica de todas as épocas, não houve dinheiro suficiente. Foi assim que elas foram realizadas em argamassa de cimento com armações de ferro internas . Com o passar dos anos, décadas, por falta absoluta de manutenção , as figuras foram se deteriorando e hoje se encontram necessitando de recuperação urgente.

Considerações sobre Pasquale De Chirico

O pioneiro dos artistas no Rio Vermelho

O Rio Vermelho é considerado o bairro dos artistas e da boemia, o mais famoso de Salvador. Muitos artistas de renome já passaram por aqui. A relação é grande, mas, indubitavelmente o pioneiro , aquele que primeiro fixou residência no bairro, foi o Pasquale de Chirico, escultor italiano que deixou muitas obras em Salvador, todas elas conhecidas, como o Cristo da Barra, a estátua de Castro Alves, do Barão do Rio Branco, do Visconde de Cairu, Pedro IIº e outros tantos, dos quais ressaltam as obras realizadas na antiga faculdade de Medicina da Bahia, no Terreiro de Jesus, infelizmente, praticamente perdidas, por falta de manutenção, o que é lamentável. Pasquale, o primeiro artista que estabeleceu residência no Rio Vermelho, deixou muitas outras obras importantes espalhadas pela cidade.

O mais atual e famoso, no entanto, foi o escritor Jorge Amado, morador do Parque Cruz Aguiar , à rua Alagoinhas 33, pode-se dizer que meu vizinho!

Além deles, pode-se citar Floriano Teixeira, artista plástico maranhense, que lançou a poita da sua jangada na rua Ilhéus, fixando-se também ele no Parque Cruz Aguia, bairro onde tantos outros artistas também tiveram presença. Jenner Augusto, morou na Odilon Santos e depois na antiga rua das Palmeiras, atual Bartolomeu de Gusmão, Tati Moreno, também não deixou de passar por aqui e muito menos o escultor Mario Cravo, que morou e teve ateliê numa ponta da rua das Palmeiras, por onde hoje passa a Garibaldi. Pois é, o Rio Vermelho é mesmo o baile dos artistas e por ele não deixaram de passar a cantora Gal Costa nem o cantor, poeta Caetano Veloso e também Carlinhos Brown, que reside numa das praias do bairro. E a fama do Rio Vermelho não fica somente por conta das presenças ilustres, muitas das quais não nomeei por desconhecer o tamanho da relação. No entanto, seria um pecado esquecer que o saudoso Caribé que tão bem representou a Bahia com a sua obra, foi um ilustre morador. Mas, o Rio Vermelho é famoso porque nasceu mesmo para ser famoso desde o começo, quando Caramuru apareceu por aqui. É o Rio Vermelho das baianas famosas do acarajé, da maior festa do mundo em louvor a Yemanjá, que acontece todos os anos no dia 2 de fevereiro e, também sede da boemia na cidade, pois tudo acontece aqui, a partir do fim das tardes e começo das noites, indo até a madrugada. É o Rio Vermelho dos Universitários e ainda o bairro que mais está atraindo estabelecimentos de lazer e onde, conseqüentemente, se reúne boa parte da população carente de um pouco de lazer. O Rio Vermelho que Pasquale , o escultor da Bahia, segundo o jornalista Carlos Chiacchio, descobriu para morar e curtir a sua tranqüilidade, claro que já não é mais o mesmo e sim muito agitado.

Isto foi no século passado, pois ele foi embora no dia 31 de março de 1943 quando aqui morava pouca gente e atraía veranistas que vinham da cidade, imaginem, da cidade, tomar banho de sal, ou seja, de mar! Pois é, Pasquale, o mesmo escultor que criou o Cristo da Barra e o monumento à Castro Alves foi mesmo o pioneiro dos artistas no Rio Vermelho. Construiu a sua casa ali onde hoje é o restaurante Sukyaky em terreno que, na época, floria o jardim da sua casa!

Sarnelli, 2.11.2009

quinta-feira, 29 de julho de 2010

De Chirico , artes e artistas


Este é um blog que está sendo lançado ao ar para divulgar monumentos e artes em geral, espalhados pela cidade de Salvador e, ao mesmo tempo, fornecer algumas informações sobre os mesmos , como , por exemplo, seus autores, o porque das homenagens , e histórias relacionadas com o assunto.

Ele foi lançado ao ar com o sobrenome de DE CHIRICO , cujo nome era Pasquale , uma homenagem do seu neto ao grande construtor de estátua da Bahia , que muitas obras deixou nas praças de Salvador , porém , os demais autores , não serão esquecidos. Na medida do possível, todos serão lembrados.

A intenção é localizar as obras e informar algo sobre elas...

No entanto , iniciamos reeditando postagem colocada no ar por ocasião do 2 de julho , homenageando a data com o MONUMENTO SO DOIS DE JULHO , com informações relativas ao monumento e ao seu autor, de nacionalidade italiana .
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Homenagem ao Dois de Julho

Nada mais justo do que festejar a data de dois de julho , a maior da Bahia que , eternizada na história do estado e do Brasil , atravessou os séculos e continuará seguindo,

dando-nos o exemplo de valentia e patriotismo.

O 2 de julho é a maior festa cívica comemorada em todo estado , principalmente em Salvador, com a presença do povo nas ruas e desfiles.

Os atos principais, manifestações, movimentos cívicos , acontecem na Praça dois de Julho, popularmente conhecida como o Campo Grande .

O Campo Grande tem uma história , claro que, enterrada no passado. Antes, quando nada havia lá, o espaço era utilizado pelo Exército para treinamentos e campo de tiros.

Depois foi denominada Praça Duque de Caxias , Patrono do Exército Brasileiro, cujo nome era Luiz Alves de Lima e Silva.

No fim do século XIX estava-se à procura de um local para erguer uma estátua em homenagem ao Dois de Julho. O “ Jornal de notícias “ abriu uma votação, cujo resultado foi o seguinte: Campo do Barbalho, 16.191 (ganhou) . Campo dos Mártires , 8.251 votos e Praça Duque de Caxias, apenas 7.846 . No entanto, por parecer da Comissão do Monumento, foi decidido que o melhor local era mesmo a Praça Duque de Caxias , que perdeu o nome em favor do de Praça Dois de Julho, por ocasião da implantação do monumento.

Localizado bem no centro da Praça Dois De Julho , está o belo e imponente monumento que tem pouco mais de 25 metros de altura. Encimando a coluna, a figura de um índio representando o povo , tendo aos seus pés uma cobra que está por eliminar com a sua lança . A cobra, representa o opressor português do qual o povo está se livrando definitivamente . Há uma contradição sobre se ele , o monumento , foi esculpido na Itália ou na França mas o seu autor foi o italiano , Comendador Carlo Nicoli , o que me leva a crer que tudo aconteceu na Itália e foi inaugurado em 09.07.1922. É a homenagem do povo, da Bahia, àqueles que derramaram o seu sangue em seguidas batalhas para a expulsão dos portugueses que aqui continuavam , consolidando, assim, a Independência do Brasil, iniciada em S.Paulo em 7 de setembro de 1822 por D.Pedro Iº.

O monumento, pela sua beleza e importância histórica é o mais importante da Bahia. Na época chegou a ser o maior da América do Sul. Ele tem as seguintes características: o índio , 4,11 mts ; a coluna , 11,46 mts ; o pedestal superior , 3,40 mts; pedestal inferior , 4,03 ; a escadaria 2,00 . O piso, no centro do qual está a obra de arte , é totalmente em mármore branco.

A Independência da Bahia foi um movimento iniciado em 1821 e concluído no dia 2 de julho de 1823.

A propósito , acho que as autoridades precisam corrigir uma injustiça para com a cidade . Já está na hora e é urgente, de devolver ao nosso aeroporto o nome que sempre teve : Aeroporto Internacional Dois de Julho ! Até hoje, muita gente não engole a troca de nome que foi feita , eu inclusive !

Sarnelli – 22.06.2010

Dados pesquisados em diversas fontes.


Reedição de Blog do Sarnelli