Exposição de telas em homenagem ao artista plástico Floriano Teixeira

                                Cristiano Teixeira ao lado do painel  " Plantação de cacau "

                                de autoria do seu pai, Floriano Teixeira

Convidado por um vizinho  e amigo de todas as horas , fui à uma galeria   para ver uma exposição  em homenagem ao artista plástico cearense que, na verdade , era maranhense , e me surpreendi ao encontrar no centro de uma parede uma tela que conhecia desde jovem , quando trabalhava com o meu pai, no ramo de navegação maritima de longo curso. Naquela época, embarcávamos muito cacau aqui em Salvador  e um dos exportadores era o Instituto de Cacau da Bahia ,  Foi lá que vi a tela pela primeira  e dezenas de outras vezes , por conta dos meus contínuos contatos....  

Nunca poderia imaginar que um dia estaria mais perto ainda daquela obra,pois o amigo que me levou à galeria é , exatamente, um dos filhos do artista , o Cristiano ! Nunca me passou pela cabeça esse reencontro . Eu a havia até esquecido ! A tela , ou melhor, o “ painel sobre a plantação de cacau “ , estava na galeria ,  e eu tive  a grata satisfação de fazer uma pequena viagem ao passado. O espaço estava repleto de trabalhos somente do Floriano Teixeira ,   emprestados junto a colecionadores , com a finalidade de homenagear o artista. 

Floriano Teixeira (1923 – 2000) nasceu no pequeno município de Cajapió no Estado do Maranhão. Ainda muito pequeno foi morar com uma tia em São Luiz onde foi estudar e desde cedo demonstrou interesse pelo desenho, copiando as ilustrações dos livros escolares durante as aulas. Incentivado por professores, com a idade de 12 anos, participou de um concurso e ganhou o primeiro premio. Desde então, dedicou-se ao desenho e à pintura com muita seriedade e amor, fazendo destes a razão de sua vida. Em sua juventude, sua participação em salões de desenho e pintura era constante assim como os prêmios que arrebatava. Em 1951, foi morar em Fortaleza e lá se estabeleceu como artista e formou família. Em 1965, veio morar em Salvador onde tornou-se um artista de renome, conhecido e respeitado nacionalmente. Sua obra influenciou jovens artistas e ganhou fama. Além de pintor, desenhista, gravador e escultor, foi, também, grande ilustrador. Ilustrou e fez capas de livros para obras de grandes escritores como Rubem Braga, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Zélia Gatai, Vargas Llosa, Milton Dias, entre tantos outros. Mesmo depois de sua morte, em 2000, sua obra continuar encantar o público e é ainda muito procurada por colecionadores.